sábado, 15 de janeiro de 2011

As Horas Difíceis







Cada Vez Que é Desafiado Pelo Sofrimento, o
Ser Humano Decide se Prefere Agir com Grandeza 


Carlos Cardoso Aveline


“A perfeição moral consiste em
viver cada dia como se fosse o último.”

[Marco Aurélio, o imperador-filósofo]


“A felicidade e a liberdade começam com a clara compreensão de um princípio: algumas coisas estão sob o nosso controle, e outras não estão. Só depois de aceitar esta regra fundamental e aprender a distinguir entre o que podemos e o que não podemos controlar é que a tranquilidade interior e a eficácia exterior tornam-se possíveis.” [1]  (...)



[1] “A Arte de Viver”, Epicteto, uma nova interpretação de Sharon Lebell, Ed. Sextante,  RJ, 2000, 159 pp., ver p. 20.


sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Consciência Ética ou Interesse Pessoal?






Superando o Aparente Conflito Entre Dois Pontos de Vista

Estudante Anônimo 

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 Trechos do artigo “To the Man in the Streets”,
publicado em Março de 1913 no número 5, ano I,
pp. 169-173 da revista “Theosophy”  de
Los Angeles, Califórnia.
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Cada ato das nossas vidas  é governado pelas nossas concepções de auto-interesse, embora essas concepções possam ser tão elevadas que passam a ser frequentemente  distorcidas e degradadas. (...)  O ladrão acredita que ele será beneficiado por  seu roubo. A crueldade, a ganância, e a paixão são todos sentimentos honestos se vistos do ponto de vista de que são interpretações, ou melhor, distorções, do interesse pessoal.  Nossas ações estarão sempre de acordo com as visões que temos  da vida, do tempo e da lei divina. A crença governa a conduta. Ela é a fita métrica pela  qual medimos a importância dos acontecimentos e o significado deles para nós. Uma hora de luz solar é a vida de um mosquito, uma nuvem é a sua tragédia,  uma gota d’água a sua extinção. O período de alguns minutos é o seu padrão de valores.
 Parece, então, que a religião, que constitui apenas outro nome para a filosofia, é na verdade um padrão de valores. Uma crença religiosa é uma fita métrica pela qual medimos a importância dos acontecimentos. (........) Uma criança chora pelo brinquedo partido porque a  sua concepção de vida é tão estreita que  faz esse pequeno acontecimento parecer uma tragédia. O seu padrão de valores é inadequado.  Se aumentarmos as nossas concepções sobre o tempo e a vida, estaremos reduzindo  o tamanho relativo dos seus eventos e mudaremos completamente nosso ângulo de  visão.  Do mesmo modo, uma concepção religiosa ou filosófica pode mudar toda nossa visão sobre o que é interesse próprio. (...) Se nós reconhecermos a unidade da vida que se estende por todo o universo, nós teremos cuidado para não agredir a nenhuma das suas manifestações, e reconheceremos que a fraternidade [ universal ] não é apenas um sentimento, mas uma lei em vigor e que não pode ser  evitada. (........)
 Cada homem tem algum tipo de filosofia de vida, mesmo que ela não tenha sido formulada,  e mesmo que ele não tenha consciência da  sua existência. Todo homem sem exceção está tentando ser feliz,  e sua vida é governada por alguma estratégia pela qual ele acredita que alcançará a felicidade. Todo homem tem algum padrão de tempo, normalmente a duração da sua própria vida, ou até a duração da sua juventude, pelo  qual ele mede a importância das coisas que acontecem a ele. A Teosofia, assim, faz um duplo apelo ao homem médio. Ela tenta mostrar a ele como ele pode adquirir uma felicidade verdadeira e permanente. E ela tenta dar a ele um novo padrão de tempo de modo que ele possa revisar os valores relativos das suas experiências diárias. 

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