quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Fortalecendo a Vontade Individual

 
 
 
Vencer a Rotina Mecânica Gera um Magnetismo Positivo
 
 
Carlos Cardoso Aveline
 
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O texto a seguir foi
publicado pela primeira vez
de modo anônimo na edição de
dezembro de 2009 de “O Teosofista”.
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Há nos cidadãos modernos um déficit de vontade individual. É provável que nenhum indivíduo do mundo atual escape inteiramente deste aspecto do carma coletivo.

 
Os fatores determinantes desse problema são vários. A política econômica dominante busca transformar o indivíduo em um consumidor passivo e destituído de força própria. A política teológica das igrejas trata de transformá-lo em um crente cego e igualmente sem vontade. Para a mídia, ele é um mero consumidor de informações e de entretenimento. A medicina atual o transforma em um comprador de remédios e alguém que se submete a este ou aquele tratamento, ao invés de ensinar-lhe desde o início a ter uma vida saudável e a produzir e preservar o seu próprio bem-estar e sua saúde. Tudo isso alimenta a preguiça mental e emocional.

 
Quando se tem a intenção de vencer o variado processo de coisificação da vida humana, é necessário fazer um esforço definido. Despertar interiormente significa ir contra a corrente comum que avança águas abaixo. O ato de romper a rotina automática da vida faz com que o indivíduo crie uma força de vontade firme e produza um magnetismo próprio. O teosofista pode romper a rotina, por exemplo, ao dedicar todos os dias um determinado tempo da sua vida a conhecer melhor o que é eterno.

 
Um estudo regular de filosofia, e uma meditação diária em um canto da casa que seja reservado para isso, são práticas que fortalecem a vontade através da autodisciplina. Mas é preciso lembrar que o progresso espiritual nunca é algo assegurado. Mesmo que alguém já tenha vários anos de prática, cada dia será sempre, de certo modo, o primeiro dia de esforço. A experiência acumulada não é garantia de coisa alguma. A vigilância é sempre igualmente necessária. Ninguém está acima de testes.

 
Quanto mais se avança, mais duras, mais sagradas - e mais decisivas - são algumas provações. O pior engano que alguém pode fazer consigo mesmo é convencer-se de que “já conhece” o caminho espiritual. Esta ilusão impede a pessoa de querer aprender, e ser aprendiz é uma condição indispensável para que haja progresso.

 
Ser verdadeiramente sábio significa estar livre da roda de reencarnações e é uma condição que está além da etapa atual de desenvolvimento humano. Entre os indivíduos que convivem com nossa humanidade, os maiores sábios são apenas discípulos da sabedoria eterna. Mas eles aprenderam algo decisivo. Eles aprenderam a aprender.

 
Para todos, o caminho precisa ser reinventado e reavaliado a cada dia e não há nada mais elevado do que ser aprendiz. A cada nova descoberta, o desapego é testado. O caminho não cessa de surpreender o caminhante. Será possível soltar as velhas ilusões para, com as mãos livres, agarrar as percepções renovadoras que surgem a cada momento? O indivíduo pode disciplinar-se? Pode calar a agitação e ouvir a voz do silêncio - que produz a paz? Ele consegue recolher-se a um canto todos os dias, “parar o mundo externo”, desligar-se, e instalar-se no Templo Interior da sua própria consciência? Na medida em que fizer isso, passará a viver mais plenamente.

 
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Publicado originalmente em www.Filosofiaesoterica.com
 
 

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

O Casal do Futuro

 
 
O Amor Se Desdobrará Assim no

Céu Como na Terra, em Sete Dimensões
 


Carlos Cardoso Aveline






 

A energia do amor provoca a sensação de voar a dois e permite superar todo obstáculo
 

“Não é por causa do marido em si que o marido é
amado, mas é por causa da presença do Espírito Universal

na consciência do marido, que ele é amado. Não é por

causa da esposa em si que a esposa é amada, mas é por causa  
da presença do Espírito Universal na consciência da esposa, que  

ela é amada. Não é por causa dos filhos em si que os filhos  
são amados, mas é por causa da presença do Espírito Universal  

na consciência dos filhos, que eles são amados. (...)”
 
(Brihadaraniaka Upanixade)


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O vínculo fundamental e a base de toda civilização é o casal humano. É este laboratório das relações humanas que gera vida e energia. Ele produz, literalmente, os cidadãos do futuro. E, ao fazer isso, ele segue os padrões cármicos, as estruturas e os hábitos que o caracterizam em cada etapa da evolução.

Basta observar o estado do casal em uma sociedade qualquer para ver a situação em que está o processo social. Deste fato elementar surge uma conclusão prática: a construção de casais em que haja um amor verdadeiro abre espaço para a civilização da fraternidade universal que já começa a surgir.

A capacidade de amar e o conhecimento da verdade são dois fatores inseparáveis. Eles não só produzem as civilizações saudáveis, mas também as sustentam ao longo do tempo. A civilização do futuro será baseada na inteligência espiritual.
 
Nos termos de “A Doutrina Secreta”, de H. P. Blavatsky, a meta do esforço teosófico é fazer nascer a mente elevada e fraterna que caracterizará a sexta sub-raça da quinta raça-raiz. Escrevendo no século 19, a fundadora do movimento esotérico moderno afirmou que já podia ver indivíduos pioneiros antecipando a humanidade intuitiva e universalista da sexta sub-raça.
Mais de um século depois de Blavatsky, os estudantes e cidadãos de boa vontade do século 21 têm o privilégio de investigar, passo a passo, como será o casal buddhi-manásico e universal das próximas civilizações. O estudo da teosofia original permite deduzir algumas das suas características.
 
É verdade que o esforço do século 21 é probatório: não faltam testes ou desafios. Mas já é possível construir a vitória. O casal do futuro estará unido no plano do sexto princípio, Buddhi. Os eus superiores do homem e da mulher que se amam com força atuarão fundamentalmente como se fossem um; mas preservarão ao mesmo tempo um grau significativo de diferença. Assim, a unidade será dinâmica e criativa, ajudando a transformar o mundo para melhor. O amor existirá assim na terra como no céu: aquilo que foi unido no plano da alma espiritual também expressará unidade na vida concreta e palpável. Cada casal consciente será uma ponte segura entre o superior e o inferior. Combinará em si o eterno e o transitório. O homem verá a mente e o coração da mulher como partes de um templo sagrado, e a atitude será recíproca. As emoções e o corpo físico serão parte deste santuário compartilhado. Ainda que o foco prioritário do casal do futuro esteja localizado no plano do eu imortal, o amor será intenso no plano do eu inferior. O casal será setenário. Existirá simultaneamente em sete níveis de consciência e integração.
 
Haverá, nível por nível, um alinhamento entre as duas consciências. A correspondência e o paralelismo entre os sete princípios de cada um incluirá Prana, o princípio da vitalidade, e Linga-sharira, o arquétipo sutil por onde flui a energia vital. Aquilo que afetar um, afetará o outro. As auras do homem e da mulher funcionarão como se pertencessem uma à outra, e estarão em forte ressonância magnética durante as 24 horas do dia.
 
Ao serem expressados em palavras, pensamentos e sentimentos de cada um surgirão na consciência do outro de dentro para fora, e não de fora para dentro. Escutar a pessoa amada será como escutar a si mesmo - com a diferença de que frequentemente será mais agradável.

O amor e o afeto não dependerão de condições externas. O casal estará unido tanto nas marés fáceis como nas marés difíceis da vida. O fato de que o foco da vida estará situado no plano da alma imortal, onde reina o altruísmo, levará os dois a trabalhar pela causa da Humanidade.
Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma. A predominância do casal sábio está por surgir no futuro próximo da evolução humana, mas essa não é a primeira vez que isso ocorre. O tempo é cíclico, e o amor do futuro já existiu no passado. O alvorecer da era de Aquário torna possível resgatar a sabedoria das eras anteriores. O amor pessoal já pode ser vivido outra vez como parte do amor universal e infinito, conforme anunciava na Índia antiga o “Brihadaraniaka Upanixade”:
“Não é por causa do marido em si que o marido é amado, mas é pela presença do Espírito Universal na consciência do marido, que ele é amado. Não é por causa da esposa em si que a esposa é amada, mas é devido à presença do Espírito Universal na consciência da esposa, que ela é amada. Não é por causa dos filhos em si que os filhos são amados; é pela presença do Espírito Universal na consciência dos filhos, que eles são amados.” [1]

Em todos os povos, nas mais variadas épocas, os membros de um casal sempre colocaram suas vidas nas mãos um do outro.
 
No futuro, homens e mulheres saberão cumprir com eficiência o dever de gerar a felicidade do ser amado, e de abster-se de gerar sofrimento.
 
A satisfação de cada um surgirá em primeiro lugar do ato de fazer o outro tão feliz quanto possível, nos diversos níveis de consciência. Em segundo lugar, a sensação de plenitude virá do ato de preservar e expandir a felicidade de quem amamos, dentro daquilo que é permitido pelas condições práticas do trabalho pelo bem da humanidade.
Cada um refletirá, como um espelho, as possibilidades mais sagradas e mais elevadas do outro. Assim, o casal reconhecerá seu afeto a dois como parte do processo maior da compaixão universal.
 
A semente do futuro germina hoje: o casal da próxima civilização já existe como experiência pioneira. Pesquisar a natureza do amor universal é uma bênção que está ao alcance das gerações atuais. A energia regeneradora do casal do futuro é um dos fatores aceleradores do despertar planetário que estamos vivendo.
 
Um Mestre de Sabedoria escreveu no século 19:
“A pureza do amor terreno purifica e prepara para a realização do Amor Divino. Imaginação humana alguma pode conceber os ideais da divindade a não ser através daquilo que lhe é familiar. Aquele que se prepara para compreender o Infinito deve compreender antes o finito.”
Em outra oportunidade, o mesmo sábio afirmou:
 
“...Onde um amor verdadeiramente espiritual busque consolidar-se através de uma união pura e permanente de duas pessoas, no sentido terreno, não há pecado nem crime aos olhos do grande Ain-Soph [2], pois esta é somente a repetição divina dos princípios Masculino e Feminino - o reflexo microcósmico da primeira condição da Criação. Diante de uma tal união os anjos bem poderão sorrir! Mas uniões como essas são raras, Irmão meu, e podem ser criadas apenas sob a sábia e amorosa supervisão da Loja (...)”.[3]
 
No futuro, este processo pioneiro será cada vez menos raro.
 
Unidos nos planos da alma eterna e da inteligência universal, o homem e a mulher não dependerão da presença física para sentir que estão juntos. A presença de cada um na aura do outro será perceptível mesmo quando estiverem geograficamente distantes. Havendo necessidade, saberão manter a relação de casal num estado “implícito” e concentrarão por um ato de vontade a sua energia recíproca no foco superior do afeto, enquanto desempenham impessoalmente os deveres propostos pelo Carma. Cessada a necessidade, eles deixarão que a energia do amor se irradie outra vez livre e criativamente. Ela se manifestará como uma versão microcósmica da luz do Sol, avançando através dos sete planos da vida e irradiando uma força benéfica na direção de todos os seres.
Um sábio oriental escreveu:
 
“A mulher não deve ser vista simplesmente como uma propriedade do homem, já que ela não foi feita apenas para seu benefício ou prazer, assim como ele não é apenas propriedade dela. Os dois devem ser compreendidos como energias iguais, que fluem por individualidades diferentes. Até a idade de sete anos, os esqueletos das meninas não diferem de forma alguma dos esqueletos dos garotos, e o osteólogo teria dificuldade em identificá-los. A missão da mulher é tornar-se a mãe dos futuros ocultistas - daqueles que nascerão sem pecado. A redenção e a salvação do mundo dependem da elevação da mulher. E enquanto a mulher não romper os laços da sua escravidão sexual, à qual tem sido sempre submetida, o mundo não terá ideia do que ela realmente é, ou do verdadeiro lugar dela na economia da natureza.”
 
E o Mestre concluiu:
 
“A luz que será derramada sobre esta questão e sobre o mundo como um todo, quando o mundo descobrir e realmente apreciar as verdades que estão na base do vasto problema do sexo, será como ‘a luz que jamais brilhou sobre o mar ou a terra’, e terá de vir aos seres humanos através do movimento teosófico. [4] Esta luz levará ao despertar da verdadeira intuição espiritual. Então o mundo terá uma raça de Buddhas e Cristos, porque a humanidade terá descoberto que os indivíduos têm dentro de si mesmos a possibilidade de gerar crianças semelhantes a Buddha - ou demônios. Quando este conhecimento vier, todas as religiões dogmáticas, e com elas os demônios, deixarão de existir.” [5]
 
As palavras acima merecem ser examinadas com atenção. Elas convidam os casais de boa vontade a investigar de modo prático e transcendente - assim no nível físico como no plano metafísico - o mistério da felicidade a dois.
Uma tal investigação é eficaz quando colocada a serviço da libertação humana. Porque a vida é um laboratório alquímico, e, nele, o casal produz um fogo criador do futuro.
 
NOTAS:
 
[1] “The Principal Upanishads”, edited by S. Radhakrishnan, The Muirhead Library of Philosophy, London: George Allen & Unwin Ltd, Fourth Impression, 1974, ver pp. 282-283.
 
[2] Ain-Soph - na tradição da Cabala, o princípio Absoluto e imanifestado.
 
[3] Cartas 18 e 19, segunda série, no volume “Cartas dos Mestres de Sabedoria”, Editora Teosófica, Brasília. Veja as pp. 189 e 190.
 
[4] Movimento teosófico; no original, “Sociedade Teosófica”. A expressão se refere à Sociedade Teosófica original, que deixou de existir pouco depois da morte de H. P. Blavatsky, em 1891, devido à traição de Annie Besant e outros pseudo-esoteristas que desprezaram a ética e a verdade. Hoje, existe um movimento teosófico amplo e marcado pela diversidade.
 
[5] “The Paradoxes of the Highest Science”, de Eliphas Levi, “With Foot-Notes By a Master of the Wisdom”, Theosophical Publishing House, Adyar, Madras (Chennai), India, 1922, 172 pp., ver p. 172. Título da edição brasileira
 
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Leia também os textos “O Casal Como Centro da Civilização”, e “Transformar uma Casa num Templo”. Ambos estão disponíveis em www.FilosofiaEsoterica.com e websites associados.
 
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Texto ortiginalmente publicado em www.filosofiaesoterica.com .

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Respiração Como Cultura






Uma Respiração Profunda Pode
Alterar o Estado de Consciência



Maurício Andrés Ribeiro



Respirar é um ato que todo animal ou vegetal realiza do início ao final de sua vida. Da primeira inspiração ao último suspiro, o corpo interage com a atmosfera. Mas respirar não é apenas um ato natural. A respiração consciente, os vários modos e formas de respirar, o aprender a respirar corretamente, transformam esse ato elementar num ato cultural.

Foi durante minha estadia na Índia, nos idos da década de 70, que tomei consciência da importância cultural da respiração. Os antigos iogues desenvolveram a prática de exercícios respiratórios como forma de concentração. Essa tradição desenvolveu técnicas de controle da respiração e modos de inspirar e expirar a energia que mantém a vida e que está presente em toda a natureza, conhecida como prana.

As práticas de ioga utilizam diversas posturas (ásanas) e exercícios respiratórios (pranayamas) para aprimorar o uso do corpo. Um bom controle sobre o corpo ajuda a controlar a mente e a obter maior profundidade de percepção e conhecimento. Uma atitude básica da meditação é o focar a atenção na respiração, pois quando se observa o movimento do ar para dentro e para fora dos pulmões, deixa-se de pensar no passado ou no futuro e a atenção orienta-se para o momento presente. A consciência do ato de respirar, associada à vibração de um som como o OM (som universal) durante a expiração, acalma o pensamento e a mente. Trata-se de prática que pode ser exercitada cotidianamente nos tempos de deslocamento, nos transportes e salas de espera.

O espiritualismo da cultura indiana se ancora na matéria, vista como manifestação ou corporificação do espírito. Os fundamentos materiais dessa espiritualidade foram testados em milênios de história e deu-se muita atenção a atos elementares. Para a tradição indiana, o próprio universo é criado e extinto de acordo com o ritmo da respiração de Brahma, que, ao expirar ou inspirar, regula os ritmos universais.

Há varias formas de se respirar, cada qual com seus efeitos sobre o corpo, sobre a mente e as emoções. O exercício de ritmar a respiração voluntariamente induz ao equilíbrio físico-emocional e aumenta a capacidade de percepção sensorial e mental.

A boa respiração reduz estresse, hipertensão, depressão, relaxa, ajuda a emagrecer. Leva a um maior equilíbrio, bem-estar, flexibilidade, saúde. O estado de tranquilidade e de boa irrigação sanguínea que produz pode ser considerado uma preparação para níveis de desenvolvimento espiritual mais elevados, em que há mais percepção, mais consciência, mais harmonia na movimentação corporal e nos relacionamentos, mais segurança nas ações cotidianas, entre outras virtudes e habilidades. A maior ventilação proporcionada por uma respiração profunda pode alterar o estado corporal e de consciência. Nesse ponto, é oportuno realçar a importância da sobriedade e advertir contra abusos em exercícios respiratórios, e contra práticas como a retenção da respiração e outras manipulações perigosas para a saúde física e cerebral.

Cada atividade humana e estado de saúde se associa a uma forma de respiração. Um músico que toca um instrumento de sopro, como uma flauta, precisa ter fôlego e um controle preciso da respiração e do ar; atletas, nadadores, aqueles que desenvolvem trabalhos físicos, têm atividade respiratória e trocas de oxigênio e carbono mais intensas do que quem vive sedentariamente; a insuficiência respiratória de doentes exige aparelhos para ser compensada com a respiração artificial.

Durante a vida desaprendemos a respirar corretamente. Desenvolver a ciência e a arte de respirar faz parte de uma cultura respiratória fundamental e quase esquecida, pois toma-se esse ato apenas como um dado natural, sem refletir ou compreender sua real importância e suas variações.

Na sociedade contemporânea, além de aprender a ser, a conviver, a conhecer e a fazer, a educação corporal ou física inclui aprender a respirar, aprender a alimentar-se e a se movimentar. A educação do corpo é um fundamento básico para a educação do ser. Isso significa que a reeducação respiratória é tão importante quanto a educação dos sentidos, a tomada de consciência sobre a cultura alimentar e outras formas de educação essenciais para a vida individual e coletiva.

A civilização indiana foi a que mais se aprofundou nessas ciências e artes e que as comunicou de forma compreensível, construindo um patrimônio intangível que vem sendo revalorizado devido aos benefícios práticos que proporciona.

A pessoas de minha relação que se entediam quando não têm nada para fazer, costumo
dizer:

“Respirem...”

Procuro assim valorizar esse ato vital, básico, fundamental para a vida.

Mas admito que esse fato desperta admiração ou curiosidade, especialmente entre aqueles que ainda não tomaram consciência da respiração como um ato cultural.


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Maurício Andrés Ribeiro é autor de “Ecologizar” e de “Tesouros da Índia”. Contatos: mandrib@uol.com.br . Visite o website www.ecologizar.com.br .

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Texto publicado originalmente em www.FilosofiaEsoterica.com

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Devoção, Amor e Verdade

 

A Energia Vital Que Movimenta
Nosso Sistema Solar e o Universo
 
Carlos Cardoso Aveline
 
 
 
Uma Imagem da Via Láctea, a Nossa Galáxia
Devoção é uma forma transcendente de amor; e amor é o nome que a verdade assume quando ocorre no plano dos sentimentos, assim como verdade é o nome do amor no plano dos pensamentos.
 
Verdade e Amor são, pois, dois nomes para um só processo.
 
Os teosofistas são seres que desenvolvem uma devoção religiosa pela verdade. Isso significa que eles vivem a integração, em si, entre pensamento verdadeiro e sentimento fraterno. Isso os capacita para entender o processo da vida pessoal e cósmica.
 
O amor-verdade, também conhecido pelo nome de Lei Universal, movimenta e guia nosso pequeno planeta e o universo.
 
A compaixão, a devoção e a fraternidade unem o céu e a terra.
 
A compaixão que temos pelos seres menores alimenta e possibilita a devoção que possamos ter pelos seres que são mais sábios que nós.
 
Tudo é inteligível no universo, isto é, tudo é verdadeiro, e tudo é feito do amor universal.
 
O amor-verdade embala as galáxias. Ele movimenta os enxames de galáxias, e também anima as células dos nossos corpos físicos, e as faz respirar. E faz com que o vento movimente as folhas das árvores, e com que as ondas do mar venham bater ritmadamente na praia dos continentes.
 
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Texto originalmente publicado em www.FilosofiaEsoterica.com .