quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Projeto de Defesa de HPB - 2013

Caros Leitores,

Trazemos, em aberto, para leitura, o texto "Projeto de Defesa de HPB - 2013". O texto foi atualizado há poucas semanas e encontra-se entre os 10 "Textos Mais Lidos Nos Últimos 30 Dias" no website www.TeosofiaOriginal.com .

Carlos C. Aveline escreveu:

"O trabalho do SerAtento e seus websites e e-grupos associados não só surgiu em grande parte em função do projeto descrito neste texto, mas também cresce hoje em função dele. A tarefa é preservar o centro da aura do movimento teosófico internacional."

O texto "Projeto de Defesa de HPB - 2013" pode ser acessado através dos seguintes links:
 
 

 

Fraternalmente,

Os Editores


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PROJETO DE DEFESA DE HPB - 2013

Informe de Atividades
Desde a Sua Criação em 2005


Carlos Cardoso Aveline


Um retrato de Helena Blavatsky, caso ela
tivesse vivido até os 70 anos de idade. Um
quadro do artista holandês J. D. Ross (1875-1952).


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Durante o século 19, as mulheres ainda eram
consideradas seres destituídos de capacidade intelectual
ou filosófica. Foi neste século que Helena Blavatsky, uma
mulher descasada, desafiou os principais dogmas da atual
civilização industrial. HPB mostrou como insustentáveis
tanto o materialismo darwinista quanto a crença cega das
religiões convencionais. Ela contrariou os interesses
dominantes na política, na ciência e na religião, e também
propôs uma nova civilização baseada na fraternidade
universal. Ao fundar o movimento teosófico moderno,
HPB criou um núcleo precursor - precário, porém real - da
civilização do futuro. Como resultado de seu confronto
com a ignorância coletiva organizada, o mínimo que se
poderia esperar é que Blavatsky fosse atacada e injuriada
como pessoa, e que o movimento teosófico fosse infiltrado
por ideias e indivíduos disfarçadamente hostis à ética e à
busca da verdade. Isso ocorreu durante a vida dela e ainda
ocorre no século 21. Daí a necessidade de defender a verdade
sobre HPB, inclusive dentro do movimento teosófico que ela criou.

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“Se os ‘falsos profetas da Teosofia’ forem deixados
intocados, os verdadeiros profetas serão muito em
breve - como já ocorreu - confundidos com os falsos. É
hora de passar nosso trigo na peneira, e de lançar fora o joio.”

(Helena P. Blavatsky)


“É dever dos estudantes de esoterismo desmascarar o erro e a
hipocrisia; enfrentar a mentira com a verdade; não como crítica pessoal,
mas como fatos contra distorções (…). A Teosofia está no mundo para fazer isso.”

(Robert Crosbie)




Em dezembro de 2003, a editora Theosophical Publishing House, dos Estados Unidos, publicou o volume “The Letters of H. P. Blavatsky (As Cartas de H. P. Blavatsky) Volume I, 1861-1879”.

O livro tinha 634 páginas e era apresentado pelo seu editor John Algeo como parte dos Collected Writings (Escritos Reunidos) de Helena Blavatsky.

Pelo final de abril de 2004, recebi uma cópia do livro e identifiquei em suas páginas algumas das mais notórias inverdades fabricadas contra HPB por Vsevolod Soloviof e outros.

Nos meses seguintes mandei, via aérea, cerca de 38 cartas apresentando os fatos para estudantes e líderes teosóficos ao redor do mundo.

Entre os que responderam ao documento estavam Radha Burnier, John Algeo, Dara Eklund e Joy Mills. A sra. Radha - presidente internacional da Sociedade de Adyar - escreveu que as cartas em questão eram “obviamente espúrias”. A posição da sra. Dara Eklund foi menos clara. Joy Mills e John Algeo evitaram admitir os fatos. Nenhum deles pensou ser necessário fazer algo para interromper a circulação de falsidades contra a honra e o caráter da fundadora do movimento esotérico moderno.

José Ramón Sordo, do México, e a revista Fohat, do Canadá, estiveram entre os primeiros a agir. Fohat publicou uma versão atualizada da minha carta circular sob o título de “Defending the Old Lady (“Defendendo a Velha Senhora”). O texto encontra-se agora disponível em nossos websites e em outros locais online.

A partir de então, “Fohat” e “The Aquarian Theososophist” estiveram na linha de frente da defesa de HPB. As duas revistas publicaram muitos artigos sobre este tópico, assim como sobre o futuro do movimento teosófico. A revista “Theosophy”, de Los Angeles [1], e a revista “Sunrise”, de Pasadena [2], publicaram pequenas notas sobre os nossos esforços.

Em Junho de 2005, depois de consultar-me, Jerome Wheeler, editor-fundador de “The Aquarian Theosophist”, anunciou a criação do “HPB Defense Fund” (Fundo de Defesa de HPB). A partir de então, todos os meses, ele informou nas páginas do “Aquarian” sobre o progresso do Fundo. O objetivo declarado do Fundo era compensar e neutralizar a coleção de falsidades publicada por John Algeo. A revista canadense Fohat, editada pela Sociedade Teosófica de Edmonton, deu total apoio ao Fundo e ao projeto de defesa do movimento. Dos Estados Unidos, o sr. Dallas TenBroeck apoiou o projeto e fez sugestões valiosas.

De todo o mundo, inclusive Índia, emergiu um certo número de doadores. Em Maio de 2006 o “Aquarian Theosophist” anunciou que o dinheiro necessário - cerca de 10 mil dólares norte-americanos - estava já completo e disponível numa conta bancária em Los Angeles. Por isso, as doações deveriam parar.

Houve então uma coincidência infeliz. Tão logo foram obtidos os meios materiais para avançar com o projeto, Jerome Wheeler abandonou a sua coordenação - em Julho - devido a problemas sérios de saúde. Pouco depois, o dinheiro do Fundo foi transferido a pedido de Jerome para uma conta controlada pela Theosophy Co., em Los Angeles. Durante algum tempo a Theosophy Co. afirmou e repetiu que seu único propósito era manter os recursos em segurança e à disposição de “The Aquarian Theosophist” e dos doadores.

Durante três anos, ao longo de 2007, 2008 e 2009, um pequeno grupo de amigos trocou ideias sobre como avançar com o trabalho. Entre eles, Will Windham, o novo editor do “The Aquarian Theosophist”, dois ou três associados da LUT nos EUA, e eu. Os diálogos foram proveitosos e proporcionaram uma visão mais aprofundada da tarefa a ser feita. Nós nos permitimos um tempo para pensar sobre a situação.

Em dezembro de 2009, depois de feitas consultas, senti que era o momento de alguém tomar uma decisão mais prática. Anunciei que a partir de janeiro de 2010 eu iria trabalhar como trabalhador voluntário na função de editor do Projeto de Defesa de HPB. Não houve oposição no grupo: naquele momento estávamos entrando no sétimo ano desde a publicação das falsificações de Algeo e da TPH/USA. Os doadores portugueses estavam já há algum tempo pedindo uma declaração pública do Fundo sobre o futuro livro. E havia sido a partir de textos escritos por mim que toda a campanha do “Aquarian” fora desencadeada.

Desde o segundo semestre de 2009, tomei a iniciativa de convidar, gradualmente, mais pessoas para o grupo daqueles que acompanham o esforço, de modo que outros estudantes pudessem partilhar do processo, pelo menos na condição de “testemunhas fraternas”.

A loja luso-brasileira da Loja Unida de Teosofistas, registrada no escritório de Los Angeles em novembro de 2009, decidiu apoiar o projeto e começou a expandir suas operações em língua inglesa.

Vimos que não se tratava apenas de publicar um livro em papel, mas, mais importante, de ter leitores, e de desenvolver uma relação viva com o público internacional. Percebemos que teríamos de fazer um esforço autônomo e que pudesse crescer como fazem os organismos vivos. Deveríamos começar publicando o livro independentemente de dinheiro, e online.

Em 2011, a loja luso-brasileira da LUT já possuía três websites com textos em inglês:www.TheosophyOnline.com, www.Esoteric-Philosophy.com e www.FilosofiaEsoterica.com . O número dos seus leitores de língua inglesa era significativo e crescia. Grande quantidade de material sobre o tema do livro já estava publicado online.

Em fevereiro de 2012, convidado por Will Windham, assumi o cargo de editor de “The Aquarian Theosophist”. [3]

A vida do movimento teosófico inclui momentos curiosos e paradoxais. Ao longo de 2012, ficou claro que “The Aquarian” não tinha acesso às informações básicas sobre o dinheiro reunido para a publicação de um livro em defesa de Helena Blavatsky. O “Aquarian” então informou de público que os interessados em saber alguma coisa sobre o destino do dinheiro deveriam escrever para a “Theosophy Co.”, de Los Angeles. [4]

Aparentemente, os diretores da “Theosophy Company” não podiam aceitar a publicação de um livro que, ao defender HPB, criticaria o Dr. John Algeo, um notável divulgador de mentiras e falsidades contra a fundadora do movimento. Na época, Algeo tinha forte influência política internacional.

A Loja luso-brasileira da Loja Unida de Teosofistas decidiu editar e publicar o livro em inglês com recursos próprios. Os colaboradores dos nossos websites associados perceberam que o esforço editorial deveria ser pioneiro. Nem todos têm a possibilidade de relembrar e compreender estas palavras de H.P. Blavatsky:

“Se os ‘falsos profetas da Teosofia’ forem deixados intocados, os verdadeiros profetas serão muito em breve - como já ocorreu - confundidos com os falsos. É hora de passar nosso trigo na peneira, e de lançar fora o joio.” [5]

Alguns não refletem profundamente sobre estas palavras de Robert Crosbie:

“É dever dos estudantes de esoterismo desmascarar o erro e a hipocrisia; enfrentar a mentira com a verdade; não como crítica pessoal, mas como fatos contra distorções (…). A Teosofia está no mundo para fazer isso.” [6]

A LUT luso-brasileira considera que preservar o respeito pela verdade dos fatos a respeito de Helena Blavatsky - especialmente dentro dos círculos teosóficos - não é uma tarefa irrelevante. Tal projeto diz respeito ao centro da aura magnética do movimento teosófico como um todo, e constitui um fator decisivo para o futuro Carma e Dharma do movimento e da humanidade.

A produção do livro em defesa de HPB avançou com êxito crescente. O volume será publicado em papel pelo “The Aquarian Theosophist”, e terá cerca de 250 páginas.

A sua colocação à venda está prevista para antes do Natal de 2013.


NOTAS:

[1] “Theosophy” magazine, Novembro / Dezembro de 2005, p. 32. A nota tem como título “Questionable Letters and the Blavatsky Defense Fund”.

[2] “Sunrise”, revista editada pela Sociedade Teosófica de Pasadena, edição de Fevereiro / Março de 2005, p. 82.

[3] Em 2013, o conselho editorial de “The Aquarian é formado por Arnalene Passos, Celina de Jesus Cardoso, Evaldo Berwig, Joana Maria Pinho, Joaquim Soares, Marco Bufarini, Regina Maria Pimentel de Caux e Silvia Caetano de Almeida. A coleção completa do “The Aquarian” pode ser encontrada em www.TheosophyOnline.com .

[4] A doação de cerca de 2.400 dólares que havia sido feita pela revista “Biosofia”, de Lisboa, foi devolvida pela Theosophy Company aos editores da publicação, após solicitação neste sentido.

[5] “On Pseudo-Theosophy”, um texto de 1889 incluído em “Theosophical Articles”, de Helena P. Blavatsky, Theosophy Company, Los Angeles, 1981, volume I, p. 161-175. Ver p. 163.

[6] “The Friendly Philosopher”, de Robert Crosbie, Theosophy Company, Los Angeles, 1945, 416 pp.; ver p. 181.


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Uma versão inicial do texto acima foi publicada no boletim mensal “O Teosofista”, edição de março de 2011.

Comentários a este Informe são bem vindos. Aqueles que quiserem saber mais a respeito ou tomar parte do Projeto de Defesa de HPB devem escrever para lutbr@terra.com.br .


Para ter acesso a um estudo diário da filosofia esotérica clássica, escreva a lutbr@terra.com.br e pergunte como é possível acompanhar o trabalho do e-grupo SerAtento.


segunda-feira, 23 de setembro de 2013

A Arte de Parar o Tempo


Caros Leitores,

 

Estamos distribuindo hoje, em nome de  www.FilosofiaEsoterica.com  e  websites associados, um texto intitulado  A Arte de Parar o Tempo.

  

O texto afirma:

 

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Tanto a curto como a longo prazo, a energia e o tempo disponíveis são elementos decisivos na vida.

 

Fingir que eles são infinitos é um erro fatal. Eles são ilimitados em si mesmos, mas não para nós.

 

Perceber que podemos usar de modo cada vez mais correto a energia de que dispomos na vida permite expandir as nossas possibilidades mais elevadas. Ao contrário do tempo individual, tais potencialidades não têm limite.

 

Já que é nosso dever criar as condições para que a semente da sabedoria divina germine, vale a pena fazer um auto-exame com relação ao uso do tempo e da energia em nossas vidas.

 

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O texto  A Arte de Parar o Tempo  está entre os “Doze Textos em Destaque”, em  www.FilosofiaEsoterica.com . Além disso, basta escolher um destes links diretos para chegar à publicação:     

 


                                                                                                                                       


 


 

A reprodução do artigo  A Arte de Parar o Tempo  é livre, uma vez que seja feita na íntegra - incluindo o nome de autor - e que seja citado o website de onde for retirado.     

 

Convidamos nossos leitores a visitarem nossas páginas no Facebook, inclusive Carlos Cardoso AvelineSerAtentoFilosofiaEsoterica.com,  Portugal Teosófico  e  Loja Unida de  Teosofistas.     

 

Os interessados em um estudo diário da filosofia esotérica original devem escrever a  lutbr@terra.com.br ,  perguntando como é possível acompanhar o trabalho do e-grupo  SerAtento.

 

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Fraternalmente,

 

Os Editores 

sábado, 21 de setembro de 2013

O Caminho da Sabedoria na Educação

www.FilosofiaEsoterica.com

Educar É Tornar Possível a Cada Ser Humano a
Percepção da Luz e da Força Que Há Nele Mesmo

Regina Maria Pimentel de Caux

 
[Foto: Sylvie Robert]

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O texto a seguir foi publicado
inicialmente na edição de
setembro de 2012 de “O Teosofista

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Carlos Cardoso Aveline afirma que  “quando percebe de fato que a vida física é apenas uma hospedagem passageira, o indivíduo passa a cuidar daquilo que é efetivamente seu, isto é, a sua responsabilidade perante seu próprio eu superior, o seu “pai espiritual”, ao qual terá que prestar contas ao final da encarnação.[1]

Esta ideia merece ser examinada. É essencial despertar para as vivências não-exteriores, que ocorrem em camadas de consciência ainda ignoradas ou até mesmo rejeitadas por nós. Desta interioridade vem o saber verdadeiro, que manifesta o poder e a força invencíveis.
À medida que as sementes da teosofia são plantadas, percebemos dia a dia novos progressos dentro e fora de nós.

Podemos observar o sentimento de tédio e vazio existencial nos adolescentes e jovens. A escola muitas vezes existe fora dos contextos da vida, do ser. Desestimulante, afasta os alunos de seus ideais mais profundos e dos valores humanos. Isso provoca efeitos desastrosos em nossa civilização.

Os jovens precisam de encorajamento, e devem ser tocados com afeição e compaixão. Precisam ser aceitos e reconhecidos em sua dignidade, independentemente do resultado dos estudos e de sua origem sócio-econômica. Deve-se valorizar seu esforço, a perseverança em seu processo de desenvolvimento, e mesmo os pequenos avanços.

Cabe-nos examinar até que ponto assumimos no plano educacional compromissos que são coerentes com nossa jornada pelo caminho da sabedoria. O caminho da sabedoria está disponível, e é preciso conhecer a sua existência. É possível abrir as portas para percebê-lo, trilhá-lo e vivenciá-lo. Se queremos realmente progredir, cabe optar pelo estudo assíduo, com perseverança e sinceridade. É recomendável abolir de nossa existência tudo que contradiz a verdade.

Enquanto prosseguimos com este trabalho, como podem os educadores dar apoio para que os alunos tenham autoconfiança e determinação? Como podem incentivar a autonomia e os seus talentos? Como contribuir para o estado de concentração, harmonia e cooperação entre os alunos, ao invés de repetir as meras formas externas?

Educar é tornar possível a cada ser a percepção da luz e da força existentes nele mesmo. 

É aprender a intensificar a existência, e dar-lhe sentido.

Carlos Aveline escreveu, referindo-se a Paulo Freire:

“Pensador socrático, ele apoiou sua pedagogia sobre o diálogo. As bases do seu pensamento estão na Grécia antiga. Grande erudito, ele vai além dos livros. Ele ensina que devemos recriar a cada momento o nosso conhecimento da realidade, em um processo aberto de diálogo e investigação, em que não devem faltar nem a coragem nem a humildade.” [2]

E Leonardo Boff, um dos principais criadores da Teologia da Libertação, afirmou:

“A importância de Paulo Freire foi de ter mostrado que o oprimido jamais é somente um oprimido. É também um criador de cultura e um sujeito histórico, que, quando conscientizado e organizado, pode transformar a sociedade. (...) O processo de libertação implica fundamentalmente uma pedagogia. A libertação se dá no processo de afastamento do opressor que carregamos dentro e na constituição da pessoa livre e libertada, capaz de relações geradoras de participação e de solidariedade. (...)” [3]

Em seu livro “A Chave Para a Teosofia”, Helena P. Blavatsky apresenta a seguinte proposta para a educação:

“Reduziríamos o trabalho puramente mecânico da memória a um mínimo absoluto e dedicaríamos todo o tempo ao desenvolvimento e treinamento dos sentidos internos, das faculdades e das capacidades latentes. Nós nos empenharíamos em lidar com cada criança como uma unidade, educando-a de modo a produzir o desabrochar mais harmonioso e equilibrado de seus poderes, para que suas aptidões especiais se desenvolvam natural e plenamente. Deveríamos ter como objetivo a criação de homens e mulheres livres - livres intelectualmente, livres moralmente, sem preconceitos de qualquer natureza e, acima de tudo, não egoístas. E acreditamos que muito, se não tudo isso, poderia ser conseguido através de uma educação apropriada e verdadeiramente teosófica.” [4]

Um sistema muda quando as pessoas dentro do sistema mudam. Que espaço melhor para começar o trabalho do que o espaço compartilhado com as novas gerações?

 
NOTAS:

[1] “Os Limites da Infância”, artigo que pode ser localizado através da Lista de Textos por Ordem Alfabética em www.FilosofiaEsoterica.com .

[2] “Conversas na Biblioteca, Um Diálogo de 25 Séculos”,  Carlos Cardoso Aveline, Editora Edifurb, SC, p. 156.

[3] Citado em “Conversas na Biblioteca”, na mesma página 156 mencionada na nota anterior. 

[4] “A Chave Para a Teosofia”, H. P. Blavatsky, Editora Teosófica, p. 232-233.

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A educadora mineira Regina Maria Pimentel de Caux é licenciada em Pedagogia, e tem Pós-graduação em Processo Ensino-Aprendizagem e Psicopedagogia.

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Artigo publicado originalmente em www.Filosofiaesoterica.com .


quinta-feira, 19 de setembro de 2013

O Pai Nosso da Filosofia Esotérica

www.AmigosdaTeosofia.com

 
Uma Interpretação Universalista Dessa Prece Cristã

 
Carlos Cardoso Aveline





Assim como os livros sagrados de outras religiões, as escrituras judaico-cristãs trazem em si, em forma velada,  inúmeros ensinamentos da sabedoria eterna e esotérica. Vejamos um exemplo prático.
 
No Evangelho segundo Mateus, 6: 9-13, encontramos o Pai Nosso [1]. Trata-se de uma das orações mais famosas e recitadas do mundo. Infelizmente,  ela  é muitas vezes repetida de  modo mecânico e dogmático. Assim, ela nem sempre ajuda de fato o despertar espiritual dos devotos.  
 
É preciso olhar cada trecho de uma grande escritura a partir da compreensão do Todo Universal, para que se compreenda verdadeiramente o trecho em questão.
 
Uma vez conhecidas algumas chaves de interpretação da tradição cristã,  o estudante percebe a mensagem transcendente  implícita em vários textos, inclusive o Pai Nosso.  Então esta oração deixa de ser obscura ou monótona. Ela ganha um significado universal que é profundamente místico, mas também tem um efeito libertador e estimulante no plano racional e intelectual, e ensina ao peregrino que ele deve libertar a si mesmo ao invés de esperar por alguma salvação externa.      
 
Há pouco mais de um século, Helena P. Blavatsky publicou uma  interpretação teosófica do Pai Nosso em seu jornal mensal “The Theosophist”.  Hoje quase esquecida,  a versão esotérica desta oração faz  parte de um texto raro intitulado “Christian Mysticism”, escrito pelo místico alemão Barão von Ekartshausen e publicado em duas partes, nas edições de fevereiro e março de 1885 da publicação. [2]
Diz a oração interpretada, que traduzo - adaptando algumas expressões - diretamente  do  “Theosophist” de  H.P.B.:

O “Pai Nosso” do Iluminado
 
Pai Nosso ―  (Supremo princípio criativo, fonte original de toda existência;)
 
Que estás nos céus, ―  (pois vives nos planos superiores de consciência; )
 
Santificado seja o teu Nome; ―  (possamos nós tratar-te com o devido respeito e com a devida impessoalidade;)
 
Venha o teu Reino; ― (que nossos desejos e atividades sejam tais que tu como princípio supremo possas manifestar-te plenamente;) 
 
Seja feita a tua Vontade ― (em nossa consciência e através de nós,) 
 
Assim na Terra como no Céu; ―  (no universo visível assim como no universo invisível;)
 
O pão nosso de cada dia nos dá hoje: ― (a cada dia que passa, nós bebemos da fonte da vida e temos novas oportunidades de obter conhecimento;)
 
E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como perdoamos nossos devedores ― ( pois lutamos para libertar-nos das nossas imperfeições e para ajudar os outros a que se libertem do mesmo modo, porque na medida em que ajudamos os outros, elevamos a nós próprios;)
 
Não nos deixes cair em tentação ― (e nós sabemos que os estados inferiores de consciência perdem seus atrativos para quem alcançou o mais elevado;)
 
Mas livra-nos do mal ― (pois desejamos  apenas o que seja útil para avançar no caminho do aperfeiçoamento.).
 
 
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A calma leitura da oração acima pode, e deve, ser feita de várias formas sucessivas.  
 
Uma primeira é uma leitura corrida, como texto contínuo, incluindo tanto o Pai Nosso tradicional como  os seus comentários.
 
Uma segunda é apenas ler apenas os comentários, como se eles fossem um texto independente, e consultando só eventualmente a linha correspondente do Pai Nosso para ver qual a relação com o texto principal.  
 
Uma terceira leitura possível consiste em olhar novamente o texto  total,  fixando bem  a sequência de conceitos e meditando sobre seu significado interior.  O texto ampliado ensina a autonomia do aprendiz, e dá alguns elementos para que ele possa melhor colocar-se ―  por mérito próprio, embora lenta e gradualmente ―  em sintonia direta com as forças cósmicas.
 
Deste modo, o estudante percebe profundamente um significado novo e mais amplo do Pai Nosso. Agora esta oração é uma chave prática pela qual ele pode aumentar a sua ligação consciente  com a comunidade ilimitada de inteligências divinas que constitui o universo.
 
 
NOTAS:
 
[1] Veja também Lucas, 11: 1-4.
 
[2] “The Theosophist”, Adyar, Madras, Índia, fevereiro 1885 (pp. 100-101) e março 1885 (pp. 128-129). A oração, especificamente, está na edição de março, p. 129.0000000000000000
 
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Artigo publicado originalmente em www.FilosofiaEsoterica.com .

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Boletim O TEOSOFISTA Setembro 2013

Caros Leitores,
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O TEOSOFISTA de Setembro já está disponível.
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Entre os destaques da edição temos um artigo de Joaquim Soares sobre o fato de que a ONU considera a ética e a felicidade como metas centrais do desenvolvimento econômico. O pensador Maurício Andrés Ribeiro extrai lições sociais da sabedoria da Índia, enfocando o conceito de "pegada ecológica". A educação do jovem Krishnamurti é abordada por ele mesmo, e de modo surpreendente. A edição de setembro de "O Teosofista" inclui uma seleção de pensamentos da sabedoria árabe, e muito mais.
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O TEOSOFISTA de Setembro pode ser lido nos websites www.FilosofiaEsoterica.com, www.TeosofiaOriginal.com e www.VislumbresDaOutraMargem.com. Ele está entre os “Doze Textos em Destaque”, em www.FilosofiaEsoterica.com . Além disso, basta escolher um destes links diretos para chegar à publicação:
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A reprodução de“O TEOSOFISTA” é livre, uma vez que seja feita na íntegra e que seja citado o website de onde for retirado.
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Convidamos nossos leitores a visitarem nossas páginas no Facebook, inclusive Carlos Cardoso Aveline, SerAtento, FilosofiaEsoterica.com e Loja Unida de Teosofistas.
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Fraternalmente,
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Os Editores
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quarta-feira, 11 de setembro de 2013

A Queda dos Muros da Ilusão

www.FilosofiaEsoterica.com

Teosofia Ensina a Pensar Com Independência
 
 
Carlos Cardoso Aveline
 
 
 
 

O consenso coletivo cria representações compartilhadas da realidade. Ele estabelece a base da vida diária e da cooperação em um grupo, e numa cultura. No entanto, o consenso pode ser verdadeiro ou falso.
 
Até o tempo de Galileu Galilei, por exemplo, havia um forte consenso de que a Terra era plana. O Sol fazia a volta em torno da Terra todos os dias. A mera ideia de questionar este consenso divino era perigosa para a sobrevivência física de qualquer um.
 
Nas décadas de 1910 e 1920, o consenso na Sociedade de Adyar era que Annie Besant e Charles Leadbeater falavam de fato com um “Senhor Cristo” e vários outros mestres, os quais eram,  na realidade, imaginários. Houve grande surpresa e desconforto quando o próprio Jiddu Krishnamurti, que deveria fazer o papel teatral de Cristo, desmantelou a farsa. O espetáculo circense de “falar com mestres”  teve então que ser adaptado para círculos menores de pessoas que aceitassem trabalhar sobre a base da ingenuidade organizada.
 
Os exemplos são inúmeros. Desde um casamento e uma família até uma sociedade teosófica, incluindo os sindicatos, as várias igrejas, os partidos políticos e toda a civilização atual, os “consensos” e as “crenças comuns” devem ser re-examinados. Eles podem conter quantidades significativas de Maya, ou Ilusão; especialmente se quisermos suprimir a possibilidade de examiná-los e testá-los.
 
O hábito faz com que o ilusório pareça verdadeiro, assim como o céu inteiro que obedientemente viajava em torno da terra plana, conforme o Vaticano havia decidido.
 
De tempos em tempos, surge algum consenso cuja falsidade se torna tão grande e tão óbvia que já não consegue sustentar-se diante do Carma. Então os seus muros começam a cair.
 
Este é o momento correto - embora doloroso - para re-examinar a “descrição de realidade” a que nos apegamos. Se não renunciamos às ilusões, as próprias ilusões renunciam a nós, no tempo certo.  A teosofia ensina a pensar com independência, embora de modo solidário.  
 
E não há necessidade de viver nas ruínas de algo que deixou de existir.
 
Sempre podemos construir representações da verdade que sejam melhores, mais saudáveis e mais abertas ao processo inevitável de auto-renovação. Essa possibilidade existe nas nossas relações pessoais,  na nossa visão do Caminho da Sabedoria e em todos os outros aspectos da vida.
 
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Artigo publicado originalmente em www.FilosofiaEsoterica.com .