Na
década de 1970, o escritor peruano Julio Ramón Ribeyro reuniu dois volumes de
seus contos sob o título de "La Palabra del Mudo" ("A Palavra do
Mudo").
O
título é cheio de significado, desde o ponto de vista teosófico.
Há
palavras que surgem do silêncio e não possuem sílabas. Elas contêm frases
inteiras em si, ainda que sejam inaudíveis .
Existem
mantras que só a alma escuta, e só a nossa consciência mais interna pode
entoar. O essencial é invisível aos olhos, e é também inaudível e
impronunciável. Quem poderia ser tão eloquente quanto o mais completo silêncio?
Todos
os sons existem dentro do silêncio eterno e cheio de significado e paz que eles
interrompem por um momento, e que os rodeia em todos os casos.
O
silêncio da mente e da alma permite a percepção maior da vida, e esta percepção
é a unidade.
Vista
desde o ponto de vista inferior, a percepção do silêncio que é paz poderia ser
descrita como a libertação, a bem-aventurança.
Vista
desde um ponto de vista mais elevado, ninguém se atreve a descrever esta
experiência com palavras de algum idioma conhecido no mundo.
(Carlos
Cardoso Aveline)
Mensagem publicada no Facebook
.
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