domingo, 21 de julho de 2013

A Arte de Arrepender-se


Ou a Capacidade de
Renunciar às Fontes do Sofrimento
 
 
Carlos Cardoso Aveline
 
 
  
 
Arrepender-se significa ser capaz de mudar a direção das nossas ações
 
 
 
Não é muito frequente encontrar um texto sobre a utilidade prática do ato de arrepender-se. Até mesmo referências ao assunto são raras. [1]
 
O arrependimento pode ser definido como a capacidade de identificar, reconhecer, observar, extrair lições e abandonar - às vezes com profundo desgosto - os nossos erros. Esta é uma prática de grande importância em teosofia, e ela exige um certo grau de coragem.
 
O pensador indiano B. P. Wadia, um dos líderes históricos da Loja Unida de Teosofistas, escreveu sobre o arrependimento. Citando outro autor, ele disse que o ato de arrepender-se é:
 
“Uma força sem nome, que está acima dos cinco sentidos, e que mantém o coração puro. A estabilidade do ser humano depende da sua confiança nesta força, que também dá mais solidez a todas as boas intenções.” [2]
 
O arrependimento nada tem a ver com sentimentos negativos a respeito de si mesmo. Na verdade, constitui o seu oposto. É necessária uma quantidade adequada de saudável autoconfiança e de confiança na vida para que haja a capacidade de olhar de frente para as fontes do sofrimento pessoal - e renunciar a elas.
 
O processo do arrependimento pertence ao mundo da ação. Ele inclui a capacidade de mudar para melhor a direção da sua existência pessoal e de compensar, pacientemente, a força acumulada dos erros passados. 
 
Cada ser humano está sempre rodeado de oportunidades para aprender e renovar a sua vida, e isso inclui o caminho da sabedoria. Um mestre dos Himalaias escreveu:
 
“Todo membro [ do movimento teosófico ] que se arrependa verdadeira e sinceramente deve ser aceito de novo.” [3]
 
A prática da renúncia aos erros pode ser posta em ação diariamente. Tanto a tradição pitagórica como os ensinamentos teosóficos convidam seus estudantes a fazer um exame diário das suas ações, durante o qual eles podem renovar a decisão de abandonar ações erradas e de expandir as ações corretas, perseverando no caminho da verdade.
 
 
NOTAS:
 
[1] Veja, no entanto, meu artigo  “Learning From the Feeling of Remorse” (“Aprendendo com o Sentimento de Remorso”),  que pode ser encontrado na Lista de Textos Por Ordem Alfabética  em  www.FilosofiaEsoterica.com , ou na List of Texts in Alphabetical Order em www.TheosophyOnline.com  e  www.Esoteric-Philosophy.com .
 
[2] Do artigo “Of Repentance”, de B. P. Wadia. O texto está disponível no website www.teosofiskakompaniet.net.
 
[3] “Cartas dos Mahatmas Para A. P. Sinnett”,  Ed. Teosófica, Brasília, 2001, edição em dois volumes. Ver volume I, Carta 40, p. 187.
 
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O texto acima foi publicado pela primeira vez em inglês sob o título “The Art of Repenting”. Sua versão inicial apareceu em “The Aquarian Theosophist”, edição de maio de 2012, p. 09. Sua versão atual foi publicada em inglês em  www.FilosofiaEsoterica.com e websites associados,  em abril de 2013. 
 
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Artigo publicado originalmente em www.FilosofiaEsoterica.com .


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