Os Momentos de Iluminação Súbita e o “Ponto Ômega”
O Teosofista
000000000000000000000000000000000
O texto a seguir foi publicado
originalmente no boletim mensal
“O Teosofista”, de outubro de 2008.
00000000000000000000000000000000
Em um ensaio intitulado “O que são revoluções científicas?”, o físico e filósofo Thomas Kuhn discute a relação que há, na busca do conhecimento, entre o caminho gradual e a ruptura súbita com aquilo que parece estar estabelecido.
Kuhn notabilizou-se por analisar o contraste entre as duas modalidades. O desenvolvimento científico “normal” progride através do acúmulo linear de conhecimento. O progresso científico “revolucionário” ocorre de modo não-acumulativo, e abandona ou altera premissas da fase anterior. [1]
Durante as fases de acumulação gradual, preparam-se lentamente as bases das próximas rupturas com o passado. Cada vez que ocorre uma “ruptura revolucionária” no progresso científico, grandes blocos que conhecimento, que até ali pareciam centrais e indispensáveis, caem para um segundo plano ou são totalmente abandonados.
O conceito de “revolução científica” de Kuhn não fica necessariamente limitado à ciência exata. Ele tem uma componente multidisciplinar e universal. Toda forma de vida, inclusive a vida de um país ou civilização, é sempre uma jornada em busca de conhecimento; e, como tal, combina os dois “modos de conhecer” detectados por Kuhn. De um lado, a percepção gradual. De outro, a “descoberta súbita”. (...)
Nenhum comentário:
Postar um comentário